É provável que os grupos humanos que se instalaram temporariamente no Lagar Velho, ao longo de vários milénios, tenham abandonado vestígios noutros locais, noutras regiões do território que hoje constitui Portugal. Perto, nas vizinhanças, ou mais afastados, têm sido documentados restos de ocupações arqueológicas em sítios de ar livre e de gruta que datam dos mesmos períodos cronológicos identificados no Abrigo do Lagar Velho. Estes vestígios estão relacionados com o quotidiano das comunidades humanas do Paleolítico Superior, sobretudo com a sua alimentação e os meios técnicos necessários à sua aquisição. Mas não só! Durante o mesmo período, no Vale do Côa, eram gravados painéis verticais de xisto com diversos motivos naturalistas e simbólicos que documentam uma outra realidade arqueológica, que se convencionou chamar Arte Rupestre paleolítica.