Nem só da caça viviam as comunidades que se instalavam periodicamente no Lagar Velho. Com a ribeira ali tão perto, a pesca era também praticada pelos grupos paleolíticos. Foram recuperados restos de salmonídeos, como o salmão e a truta, e ciprinídeos, como o barbo, espécies típicas de ambientes fluviais com correntes rápidas e fundos pedregosos. Era assim a Caranguejeira durante o Paleolítico Superior. Hoje, a ribeira é bem menos caudalosa e a pesca já não se pratica ali.
As vértebras são as partes esqueléticas mais resistentes e, por isso, as mais bem representadas no registo arqueológico do Abrigo do Lagar Velho. Dada a especificidade do esqueleto destes animais, nem sempre é possível a sua identificação ao nível da espécie, nem com recurso a Coleções de Referência (Osteotecas) disponíveis para a investigação arqueozoológica, como a que existe no Laboratório de Arqueociências, em Lisboa.
DO CÉU E DO RIO
...e nadadores